mortalidade neonatal é responsável pela maior parte das perdas de animais na indústria suinícola; a maioria destas mortes ocorrem durante os 3 primeiros dias após o nascimento, com perdas na ordem de 1 a 2 leitões por leitegada.
O leitão
recém-nascido apresenta limitada reserva energética disponível
armazenada na forma de glicogênio; somado a isso, menos de 1% de
gordura corporal e pouco isolamento corporal por pelos. Desta forma,
tem sua capacidade termorregulatória ainda imatura ao nascimento,
sendo vital mamar o colostro da mãe logo após o nascimento,
evitando queda drástica nos níveis de glicose do sangue e,
consequentemente, da temperatura corporal.
A mortalidade de
leitões pesando menos de 1 kg ao nascer é em torno de 40%. Esta
porcentagem aumenta quando os leitões nascem pesando menos de 0,7
kg. Spicer et al. (1986) e Azain (1993), demonstraram que a maior
mortalidade neonatal ocorre com leitões que, ao nascerem, estão
abaixo do peso médio da leitegada. Leitões pequenos (menores do que
1 kg) demoram mais tempo para a primeira mamada do que leitões
maiores (mais de 1 kg), com 86 min vs. 38 a 59 min. Mesmo mamando, o
leitão pode ter hipoglicemia quando associada ao estresse gerado
pelo frio, ou ainda, combinada ao inadequado suprimento de leite pela
porca. English (1998), enfatizou que a hipotermia é uma das
principais causas de mortalidade de leitões recém-nascidos.
Estimativas
de produção de colostro evidenciam que mais de 35% das fêmeas
suínas não produzem a quantidade mínima de 250 g de colostro por
leitão em leitegadas de 12 leitões. Quando foram adicionados mais
dois leitões à leitegada, mais de 53% das fêmeas não produziram
quantidade de colostro suficiente (MACHADO et al., 2016). Portanto,
garantir a quantidade mínima de colostro que deve ser fornecido não
é algo fácil de ser verificado e manejado na prática. Isso acaba
assumindo uma situação mais desafiadora com o aumento no percentual
de leitões nascidos com baixo peso. Buscando amenizar essa condição,
estratégias de manejo têm sido estudadas. O fornecimento de
suplementos energéticos disponíveis no mercado tem sido avaliado,
sendo observado um efeito positivo do uso desses produtos na redução
da mortalidade pré-desmame, sem influenciar o consumo de colostro
(DECLERCK et al., 2016). Na mesma linha, estudo realizado por Moreira
et al (2017) forneceu ao nascimento suplemento energético-proteico
para leitões e observou uma melhoria de consumo de colostro em
relação àqueles que não receberam a suplementação. Nesse mesmo
estudo, grupos de animais também foram tratados nas primeiras 24
horas com diferentes quantidades de colostro via sonda nasogástrica
e observaram que leitões que receberam 200 g de colostro via sonda,
associado à suplementação energético-proteica apresentaram maior
concentração de IgG nas 24 horas após o nascimento em relação
aos animais que permaneceram com a mãe.
MIG DOSE Evolution
Uma das formas de se
reduzir a hipotermia e a mortalidade de leitões neonatos é pelo
aumento do aporte nutricional, especialmente energético, nas
primeiras horas de vida. Com este objetivo, a Mig-PLUS Agroindustrial
disponibiliza o produto MIG DOSE Evolution, um suplemento indicado
como complemento alimentar para leitões.
MIG DOSE Evolution
contém ingredientes ricos em ácidos graxos de cadeia média,
lactose e proteínas do soro de leite, que são fontes nutricionais
de altíssima disponibilidade e rápida assimilação, conferindo um
aporte imediato de energia e aminoácidos no momento mais crítico da
vida dos leitões.
O produto também
tem ótimos resultados no desenvolvimento intestinal e no manejo de
colostragem. Também possui componentes que dão suporte à imunidade
e Protexin®, um aditivo
probiótico completo para suínos que contribui para o equilíbrio da
microbiota intestinal.
Modo de uso
Adicionar ao frasco
água potável e morna (40 °C) até a tarja vermelha indicada,
completando o volume de 250 mL. Agitar vigorosamente até dissolver
totalmente o pó. Se necessário, completar novamente com água até
a marcação e agitar.
IMPORTANTE: 1 dose =
3 bombadas do produto, ou 4 mL.
Leitões ao nascer
devem receber uma dose via oral (equivalente a 4 mL de produto
diluído) e mais uma dose nas primeiras 48 horas de vida, totalizando
8 mL. Pode-se fornecer o produto por 3 a 4 dias consecutivos, até
que as condições corporais e vigor estejam restabelecidos. A
administração pode ser alterada de acordo com as instruções do
técnico responsável.
Produto passível de
uso em qualquer mamífero debilitado nos primeiros dias de vida, a
critério do técnico responsável.
Dúvidas comuns:
Primeira administração logo após o nascimento, mesmo antes da primeira mamada.
Produto pode ser guardado diluído por 24 horas, desde que em geladeira. Deve ser reaquecido no dia seguinte para uso novamente.
Todo leitão debilitado é passível de receber o produto: baixo peso ao nascimento, fracos, hipotérmicos, animais que foram trocados de mãe, etc.