A exploração da ração peletizada tornou-se um ponto de destaque na nutrição animal, proporcionando uma revolução nos métodos de alimentação tradicionais. No contexto da criação e manutenção de animais, desde pequenos rebanhos até grandes explorações pecuárias, a busca por soluções eficientes e sustentáveis na alimentação é constante.
Com isso, a ração peletizada apresenta-se como uma alternativa inovadora e eficaz para atender à demanda por alimentação de qualidade.
Dado esse cenário, é fundamental compreender os aspectos que fazem da ração peletizada uma excelente opção para produtores e criadores. Tanto em termos de uso prático quanto de benefícios nutricionais, essa forma de ração tem mostrado resultados significativos, otimizando processos e garantindo melhor aproveitamento dos nutrientes pelos animais.
O que é peletização de ração?
A peletização é um processo pelo qual os ingredientes da ração são moídos, misturados e posteriormente compactados em pequenos cilindros ou “pellets”. Durante esse processo, os ingredientes são submetidos a alta temperatura e pressão, resultando em uma ração de maior densidade energética. Esse método evita a segregação de partículas finas, garantindo uma distribuição uniforme dos nutrientes em cada pellet.
Além disso, o calor gerado durante a peletização, que varia entre 70°C e 90°C, contribui para a inativação de patógenos como Salmonella e fungos, aumentando a segurança deste alimento. A peletização não é apenas um método de compactação da ração, mas uma etapa fundamental para melhorar a eficiência alimentar e garantir a saúde e o bem-estar dos animais.
Por que usar ração peletizada?
A ração peletizada oferece vantagens operacionais e produtivas significativas para a criação de animais. A compactação reduz as perdas por farelamento, tornando a ração mais fácil de dosar e menos suscetível ao desperdício, o que representa uma economia direta para os produtores. O formato dos pellets permite uma alimentação mais homogênea e facilita a ingestão dos nutrientes, garantindo um crescimento uniforme dos animais.
A maior uniformidade dos pellets também favorece uma ingestão equilibrada e previsível, impactando diretamente na taxa de conversão alimentar. Além disso, o formato compacto da ração reduz a segregação de partículas, garantindo que os animais consumam uma dieta balanceada em cada refeição.
Quais os benefícios do uso de ração peletizada?
O uso da ração peletizada apresenta benefícios tanto a curto quanto a longo prazo. A digestibilidade dos nutrientes é potencializada pela compactação e pelo aquecimento durante o processo de peletização, o que facilita a absorção dos componentes essenciais para o desenvolvimento dos animais.
A segurança do alimento também é um benefício significativo, pois o calor aplicado no processo contribui para a eliminação de microrganismos prejudiciais. Além disso, a peletização melhora a qualidade nutricional da ração, garantindo que cada pellet contenha uma formulação homogênea de nutrientes.
Outro fator relevante é a sustentabilidade da produção pecuária, já que a peletização reduz o desperdício de alimentos e diminui o impacto ambiental gerado pelo descarte de resíduos.
Tabela de especificações da peletização de ração para diferentes animais
A formulação e o tamanho dos pellets variam conforme a espécie animal, de modo a garantir a melhor absorção dos nutrientes e uma eficiência alimentar adequada. As aves de corte, por exemplo, necessitam de pellets menores e mais macios, facilitando o consumo e otimizando o crescimento. Para os suínos, o tamanho dos pellets deve ser ajustado conforme a fase de crescimento, sendo que leitões se beneficiam de pellets menores e mais digestíveis, enquanto suínos em terminação podem receber pellets de maior densidade.
No caso dos bovinos e outros ruminantes, os pellets são maiores e mais compactos para permitir uma mastigação adequada e um processo digestivo compatível com a fermentação no rúmen. Já para os peixes, a peletização pode variar dependendo da espécie, sendo que algumas necessitam de ração extrusada para garantir a flutuabilidade adequada na água. Além do tamanho e da densidade dos pellets, a formulação nutricional também precisa ser ajustada, levando em consideração as exigências de proteína bruta, energia metabolizável, minerais e vitaminas específicas para cada tipo de animal.
Qual a diferença entre ração peletizada e extrusada?
A principal diferença entre a ração peletizada e a ração extrusada está no processo de fabricação. Na peletização, os ingredientes são compactados sob alta pressão e temperatura, formando pellets mais densos e com menor umidade. Já na extrusão, os ingredientes passam por um processo de cozimento sob alta temperatura e pressão, promovendo a gelatinização do amido e tornando a ração mais porosa e expansiva.
A ração extrusada apresenta maior digestibilidade para algumas espécies, como peixes e monogástricos, pois a gelatinização do amido facilita sua absorção. Para ruminantes, a ração peletizada é mais indicada, pois mantém uma estrutura densa que favorece a ruminação e a digestão eficiente. A escolha entre ração peletizada e extrusada deve ser baseada nas necessidades nutricionais da espécie e nas condições de produção.